Na manhã desta terça-feira (29), durante o programa Papo de Arbitragem, no canal no YouTube da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o presidente da Comissão de Arbitragem, Wilson Seneme abordou o lance mais polêmico da rodada do Brasileirão. Na pauta esteve o gol anulado do meia Paulinho, do Vasco, contra o Palmeiras.
A jogada ocorreu aos 08′ minutos do primeiro tempo da partida entre Palmeiras x Vasco, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro Série A 2023. O jogo ocorrido no último domingo (27) terminou com vitória do Palmeiras por 1×0.
No lance em questão, após o lançamento do lateral-esquerdo Lucas Piton para o centroavante Pablo Vegetti dentro da área, o atacante encobriu o goleiro Weverton, mas o gol foi salvo pelo zagueiro Murilo. Em seguida, o próprio Vegetti cruza para o meio da área do Palmeiras e o volante Richard Rios afasta a bola para fora da área. Contudo, sem que ela chegasse a um jogador do Palmeiras, o meia Paulinho intercepta e enche o pé, acertando um petardo indefensável no canto do goleiro palmeirense.
Apesar do golaço do Vasco, o lance foi invalidado devido ao impedimento assinalado pelo VAR no início da jogada. No entanto, a decisão foi muito questionada por ex-árbitros e comentaristas de arbitragem, que identificaram no chute do volante do Palmeiras, a origem de uma nova jogada. Assim, nesse entendimento o gol teria de ser validado, ignorando a posição irregular no início do lance.
Decisão reafirmada no Papo de Arbitragem
Durante o programa da CBF nesta terça-feira, o gerente técnico do VAR, Péricles Bassols e Giulliano Bozzano, gerente técnico de arbitragem, analisaram a jogada detalhadamente. No entendimento dos especialistas o protocolo VAR definido pela International Football Association Board (IFAB) foi seguido corretamente.
Bassols esclareceu que na regra para que fosse configurada uma nova jogada existiriam duas condições. A primeira seria de que o Palmeiras obtivesse “a posse controlada da bola”, o que só ocorreria se um outro jogador da equipe tivesse ela sobre sua posse após o chutão de Richard Rios. Ou em uma segunda hipótese, se a bola estivesse “fora da área ou de seus arredores”, o que também não se configurou.
Em virtude disso, no entendimento técnico da regra, a jogada permaneceria a mesma e por tanto a decisão estaria correta. Ou seja, o gol foi corretamente anulado pela arbitragem.
Confira a íntegra do programa e declarações: